O Brasil ainda celebra uma grande conquista: o primeiro Oscar do país, conquistado pelo filme Ainda Estou Aqui, estrelado pela talentosa Fernanda Torres. No entanto, a premiação trouxe à tona uma reflexão sobre a representatividade das mulheres maduras no cinema e na vida real, após a atriz perder o prêmio de Melhor Atriz para Mickey Madison, que também superou Demi Moore, uma das favoritas ao prêmio.
Uma pesquisa reveladora mostrou que, desde 1930, apenas 19% das mulheres indicadas ao prêmio de Melhor Atriz ou Melhor Atriz Coadjuvante têm mais de 50 anos, o que evidencia a limitação de espaço para mulheres maduras no cinema.
Embora tenha havido avanços no cinema, na televisão e no streaming, as atrizes maduras continuam a sofrer preconceito. Embora a indicação de nomes como Fernanda Torres e Demi Moore represente um marco, ainda não reflete a realidade do Oscar, onde a presença de mulheres mais velhas continua rara.
Etarismo na vida real
Esse fenômeno não se limita às telas do cinema. O etarismo, que é o preconceito baseado na idade, está presente no dia a dia, especialmente no mercado de trabalho. O envelhecimento da população mundial é um processo crescente, com pessoas acima de 50 anos representando quase 15% da população brasileira. No entanto, o etarismo ainda persiste, afetando principalmente as mulheres.
Elas são frequentemente julgadas não apenas pela sua aparência, mas também por suas habilidades, em função da idade. O termo “ageism”, criado pelo médico Robert Butler, descreve esse preconceito etário, que impacta mulheres maduras, principalmente em cargos de liderança e no mercado de trabalho. Estereótipos sobre a aparência física e a menopausa, por exemplo, acabam desvalorizando suas capacidades e competências.
A menopausa e a perimenopausa: o que elas têm a ver com isso?
A menopausa e a perimenopausa são fases naturais da vida da mulher, mas, muitas vezes, incompreendidas. A perimenopausa, fase de transição antes da menopausa, pode trazer sintomas como ondas de calor, insônia, alterações de humor e dificuldades cognitivas. Já a menopausa, que é marcada pela ausência da menstruação por 12 meses consecutivos, envolve mudanças hormonais significativas que afetam tanto o corpo quanto a mente. Esses sintomas podem prejudicar a saúde mental das mulheres, gerando ansiedade, irritabilidade, depressão e até desafios na autoestima e nas relações pessoais e profissionais.
Como lidar com as mudanças?
A chave para lidar com essas transformações é a informação e o autocuidado. Conhecer os sintomas e compreender que fazem parte de um processo natural ajuda a aliviar a ansiedade. Práticas como exercícios físicos, alimentação equilibrada, sono adequado e técnicas de relaxamento são fundamentais para o bem-estar. Além disso, contar com uma rede de apoio formada por profissionais e outras mulheres é essencial para atravessar esse período com mais leveza. O acompanhamento psicológico também pode ser uma poderosa ferramenta para lidar com as emoções e os desafios dessa fase.
A menopausa não precisa ser vista apenas como um fim, mas sim como uma oportunidade de reinvenção e autodescoberta. Muitas mulheres encontram nessa fase a chance de se reconectar com elas mesmas, explorar novos projetos e fortalecer sua saúde emocional. A menopausa pode ser o início de um novo ciclo, repleto de possibilidades de crescimento pessoal. Se você está passando por essa fase ou conhece alguém que esteja, lembre-se: você não está sozinha. Buscar apoio e viver esse período com consciência e leveza pode transformar essa etapa em um momento de verdadeira transformação.
Combatendo o etarismo também é preciso
Quanto ao etarismo, é crucial que combatamos esse preconceito, não apenas no ambiente profissional, mas também no nosso cotidiano.
Neste mês da mulher, é importante levantarmos a bandeira da mulher independente e segura, independentemente da sua idade. Com autocuidado e orgulho, seguimos em luta por uma sociedade cada vez mais igualitária, onde a idade não seja um obstáculo, mas sim uma celebração da experiência e da maturidade que todas nós merecemos reconhecer e valorizar.
A terapia pode ser uma aliada fundamental para mulheres maduras que enfrentam os desafios do envelhecimento, seja relacionado ao etarismo, às mudanças hormonais da menopausa ou aos próprios processos de autodescoberta e reinvenção que surgem ao longo dessa fase da vida.
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